Mulher morre após ser submetida a lipoaspiração em Maceió Funcionária pública sofreu parada cardíaca durante procedimento feito no Instituto de Olhos

Mulher morre após ser submetida a lipoaspiração em Maceió Funcionária pública sofreu parada cardíaca durante procedimento feito no Instituto de Olhos

Uma cirurgia de lipoaspiração feita no Instituto de Olhos de Maceió (IOM) teve um desfecho trágico, nessa terça-feira (06). A funcionária pública Raquel Martins Damaceno, de 46 anos, faleceu após ter sofrido parada cardíaca em decorrência do procedimento. Familiares culpam a clínica oftalmológica, já que Raquel precisou ser transferida às pressas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia. 

O irmão de Raquel, Raul Martins, informou que a funcionária pública custeou R$ 15 mil pela cirurgia por motivo estético. “Ela estava fazendo academia, estava bem de saúde, mas queria fazer essa lipo por motivo de estética mesmo. Minha mãe e eu achamos estranho quando ela disse que faria no Instituto de Olhos, porque não sabíamos como uma clínica para olhos poderia ter todo o equipamento para uma cirurgia no abdome”, comentou, acrescentando que a família pretende acionar a Justiça. 

O Instituto de Olhos rebate, entretanto, que a morte da paciente foi fruto de suposta negligência, acrescentando que todos os procedimentos de reanimação foram efetuados. “Tive conhecimento desse acidente na sala de cirurgia, onde a paciente sofreu uma parada cardíaca e foi prontamente atendida pelos profissionais. Não conseguimos estabilizá-la e, portanto, foi necessário transferi-la para a UTI de outro hospital”, relatou o diretor do IOM, Carlos Paes. Após ter sido levada por uma equipe do Samu até a Santa Casa, Raquel entrou em óbito.

De acordo com Carlos Paes, o profissional que efetuou a cirurgia, iniciada por volta das 8 horas, foi o especialista Valter França. A unidade, segundo ele, teria total estrutura para a realização da cirurgia plástica. Já o anestesista foi identificado como Wilson Nasário. França não quis se pronunciar à imprensa. A diretora da clínica particular onde atua, Adriana Vieira, falou pelo médico.

“Ele não quer se pronunciar por respeito à família. Mas o que aconteceu é que, no fim da cirurgia, ela sofreu a parada cardíaca. Entretanto, ainda no centro cirúrgico, ela foi reanimada e sedada. Só então foi transferida para a Santa Casa, onde infelizmente teve outra parada e não resistiu”, afirmou. 

E de acordo com o relatório de óbito do Hospital Santa Casa, a causa da morte foi identificada como “parada cardíaca com embolia gordurosa”. 

Os parentes de Raquel aguardam a liberação do corpo no Instituto Médico Legal. Após a liberação, velório e sepultamento ocorrerão no Campo Santo Parque das Flores, situado no bairro Tabuleiro do Martins.

 

 

Fonte: Gazeta Web